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Portugueses que sabem que houve fraude nas eleições americanas

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Há portugueses que têm a certeza absoluta de que houve fraude nas eleições americanas. Viram, com aqueles olhos que a terra há-de engolir ou que o crematório reduzirá a pó, vídeos e provas (evidências, em português técnico) que mostram irrefutavelmente a vergonha que foi a eleição de Joe Biden.

Eleição, ponto e vírgula, que aquilo não foi eleição nenhuma, foram truques atrás de truques, porque há coisas que não passam cá para fora.

(coisas que não passam cá para fora é uma expressão que só conseguimos encontrar em ambientes altamente especializados, frequentados por especialistas doutorados pela universidade da vida, do balcão de café e das caixas de comentários. As coisas que não passam cá para fora são escondidas lá dentro por gente que não quer que se saiba. Os especialistas em coisas que não passam cá para fora têm, no entanto, acesso privilegiado a toda essa informação. Aquilo que garante que sabem de que é que se está a falar fica patente em afirmações como “e mais não digo”, que é, no fundo, um diploma oral, ou “você sabe muito bem de que é que estou a falar”, frase acompanhada de uma fungadela elucidativa e de um sapiente arquear de sobrancelha)

Na verdade, as provas não eram necessárias, porque felizes são aqueles que acreditam sem ver. Biden, como toda a gente sabe, é um joguete esquerdalho nas mãos de gente tão mal intencionada que chega a cometer o crime de pensar em criar um sistema nacional de saúde que proporcione cuidados gratuitos a quem viva com dificuldades materiais.

(proporcionar cuidados gratuitos a pessoas sem dinheiro é, evidentemente, coisa de comunistas e de gente que só pensa em incendiar igrejas, porque não há nada que seja menos cristão do que pensar em ajudar os mais fracos – há protestantes e católicos que não hesitariam em crucificar qualquer comunista que aparecesse a falar em ajudar os pobres e os desvalidos)

O português verdadeiramente informado sabe, portanto, que Trump é o legítimo vencedor das eleições americanas, até porque isso é afirmado pelo próprio Trump, que é um homem conhecido porque diz umas verdades de que as pessoas não gostam.

(dizer umas verdades é outra garantia da virtude do género de político de que este português gosta. Uma das provas de que são verdades está no facto de que há pessoas que ficam irritadas com isso. Ora, sabe-se que, já no tempo das igrejas românticas, a irritação de uma pessoa era prova suficiente de que teria ouvido umas verdades: quanto mais as pessoas não gostarem, maior é a verdade)

Algumas pessoas ficam espantadas com a ideia de que há portugueses que pensam que Trump ganhou as eleições. Estão enganadas: esses portugueses não pensam que, sabem, de um saber cá de dentro, que vem do coração e termina em vídeos em que se pode ver claramente papéis a arder. E o que são papéis a arder senão votos em Trump? Não há papel mais combustível do que votos em políticos sérios, toda a gente sabe disso e há estudos que provam.

É claro que os jornais e as televisões não falam disso, porque estão todos comprados. O Aventar, como não é comprado por ninguém, aqui está para dar voz aos que sabem: Biden até pode tomar posse, mas nunca será o nosso presidente.


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